Adriano B. Kury
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1) Kury, A.B., 1990. Um novo conceito para Bourguyiinae (Opiliones, Laniatores, Gonyleptidae). Resumos do XXVII Congresso Brasileiro de Zoologia, Londrina: 22. Date of publ.: 28 January 1990.

Resumo. Bourguyiinae é a grafia correta proposta para um nome de subfamília baseado no nome genérico Bourguyia. Bourguyinae [sic] foi erigida por Mello-Leitão (1923) para incluir os dois novos gêneros Bourguyia e Discocyrtoides. Desde então tem sido relacionada a Mitobatinae por um caráter comum único em Gonyleptidae (caráter 1). A distinção entre as duas subfamílias de acordo com a diagnose de Mello-Leitão seguida por Roewer (1929) e Soares & Soares (1948) baseia-se na ocorrência de dois estados de um mesmo caráter (2). Através de análise filogenética considera-se que o estado presente em Mitobatinae é derivado e que portanto Bourguyiinae não é definida por nenhuma sinapomorfia. Um estudo mais aprofundado do caráter 1 revela uma similaridade superficial, logo, sua não-homologia para os dois grupos, não restando então nenhum indício que permita relacionar Bourguyiinae e Mitobatinae como adelfotaxa. Não há evidências de que os cinco gêneros atualmente incluídos em Bourguyiinae compartilhem alguma sinapomorfia. Propõe-se a transferência de Discocyrtoides para Mitobatinae (caracteres 1 e 3). Bourguyia forma juntamente com Asarcus (Mitobatinae), Caldasius (Gonyleptinae) e Stylopisthos (Progonyleptoidellinae) um grupo monofilético definido pelos caracteres 4 a 8. A esse grupo será dado o nome disponível Bourguyiinae Mello-Leitão, 1923. Os outros três gêneros atualmente na subfamília, Camarana, Hypophyllonomus e Segadasius, não se enquadram em nenhuma das duas envolvidas e são provisoriamente considerados incertae sedis. Como hipótese de parentesco utilizada para a polarização a família Stygnidae é considerada adelfotáxon do complexo Cosmetidae + Gonyleptidae (este um grupo parafilético).

2) Kury, A.B., 1990. Notas sinonímicas em Mitobates (Opiliones, Laniatores, Gonyleptidae). Resumos do XXVII Congresso Brasileiro de Zoologia, Londrina:  23. Date of publ.: 28 January 1990.

Resumo. Uma análise filogenética dos Gonyleptidae é no momento impraticável, devido principalmente ao escasso conhecimento de algumas espécies, descritas em fins do século passado e cujos tipos acham-se depositados em museus europeus. Tais espécies, na condição de portadoras de nomes, são fundamentais para a caracterização de grupos supraespecíficos. Suas descrições, entretanto, são na maioria muito superficiais e seus tipos ou estão perdidos, ou não sofreram exame pelos revisores brasileiros. Este é o caso de Mitobates conspersus (Perty, 1833), espécie-tipo do gênero e da subfamília Mitobatinae, de ocorrência restrita ao Rio de Janeiro, e que já foi citada para o Alto da Serra - SP por Mello-Leitão (1923) em identificação errônea de uma espécie de Discocyrtoides. M. conspersus nunca foi determinada como tal pelos autores brasileiros, tendo sido redescrita em quatro gêneros diferentes. Através do estudo de séries numerosas, incluindo o material tipo de todas as espécies envolvidas, são criticados alguns dos caracteres em que se baseia a diagnose dos gêneros de Mitobatinae, e propostos como sinônimos-juniores de Mitobates Sundevall, 1833 Despiroides Mello-Leitão, 1932 e Metaroeweria Mello-Leitão, 1936 e como sinônimos juniores de Goniosoma conspersum Perty, 1833 Mitobates stygnoides Mello-Leitão, 1923; Neoancistrotus nigromaculatus Mello-Leitão, 1931; Despiroides xanthophthalmus Mello-Leitão, 1932 e Metaroeweria insignis Mello-Leitão, 1936.

3) Kury, A.B., 1994. Ocorrência independente de garras tarsais pectinadas em Gonyleptoidea neotropicais (Arachnida, Opiliones). Resumos do XX Congresso Brasileiro de Zoologia, Rio de Janeiro: 72. Date of publ.: 24 July 1994.

Resumo. A presença de garras tarsais pectinadas nas pernas III e IV tem sido usada como evidência na delimitação de táxons em Laniatores, enquanto sua alternativa plesiomórfica — garras lisas — também. Uma revisão da ocorrência da condição pectinada nas garras tarsais leva à conclusão de que esse estado deve ter surgido convergentemente pelo menos 7 vezes em Gonyleptoidea. Em Gonyleptidae essa condição define sinapomorficamente Caelopyginae e é agora registrada pela primeira vez em Goniosomatinae na espécie Heteromitobates discolor (Soer., 1884), e que devido às garras pectinadas foi alocada em Caelopyginae e depois em Heterocranainae. Em Cranaidae, essa condição define Heterocranainae, e é registrada pela primeira vez para Prostygninae — por definição “com garras lisas” em uma espécie não-descrita do Equador. Em Manaosbiidae — que incluiria exclusivamente espécies com indivíduos de garras lisas — existe uma espécie pela primeira vez aí alocada, Syncranaus cribrum Roewer, 1913 tradicionalmente considerada Heterocranainae justamente devido a esse caráter. A ocorrência de garras pectinadas em Cosmetidae pode não ser sinapomórfica, porque não existe evidência de que o grupo Gryne e o grupo Discosomaticus formem um grupo monofilético (Discosomaticinae). A outra subfamília — Cosmetinae — é definida exclusivamente pelo estado plesiomórfico das garras lisas. Em Stygnidae, as subfamílias que apresentam garras pectinadas formam um grupo monofilético.

4) Kury, A.B., 1994. O registro mais setentrional de Caddidae na América do Sul (Arachnida, Opiliones, Palpatores).  Resumos do XX Congresso Brasileiro de Zoologia, Rio de Janeiro: 72. Date of publ.: 24 July 1994.

Resumo. Os opiliões da família Caddidae têm distribuição relictual tipicamente em regiões temperadas do mundo. São artrópodes muito pequenos, encontrados em folhiço, musgo e vegetais em decomposição. A subfamília Caddinae ocorre nas regiões Neártica e Paleártica, enquanto os 4 gêneros de Acropsopilioninae possuem distribuição principalmente austral, embora também ocorram na zona temperada setentrional. O gênero Acropsopilio Silvestri, 1904 possui seis espécies que ocorrem na Austrália, Nova Zelândia, Chile, Argentina, México, Costa Leste dos EUA, Canadá e Japão. Recentemente foi coletado no maciço de Itatiaia, na floresta montana, a 1600 m de altitude, um exemplar imaturo de Acropsopilio chilensis Silvestri, 1904, o que representa o primeiro registro tropical da espécie, além do primeiro registro para o Brasil — o registro “Southern Brazil” de Shear (1975) não contém indicações de material nem localidades e foi baseado em dados até hoje não publicados (W. Shear, com. pess.). Apesar de situada em região tropical, pela altitude, este novo ponto de coleta tem clima tipicamente temperado. Essa nova ocorrência oferece evidência de que no passado a distribuição de Acropsopilio chilensis não se limitava à Gondwana Temperada e repete um padrão já detectado em Aves, Coleoptera e Diptera. A possibilidade de uma importação pela ação antrópica é muito baixa porque os opiliões em questão não ocorrem associados a plantas ornamentais nem frutas comestíveis.

5) Kury, A.B., 1994. Relações filogenéticas entre as famílias de Laniatores (Arachnida, Opiliones).  Resumos do XX Congresso Brasileiro de Zoologia, Rio de Janeiro: 72. Date of publ.: 24 July 1994.

Resumo. O presente trabalho mostra os resultados da análise de uma matriz com 57 caracteres morfológicos e 31 terminais, incluindo as famílias nominais de Laniatores e alguns grupos críticos. O aplicativo de parcimônia utilizado foi Pee-Wee versão 1.97, que emprega pesagem implícita para encontrar as árvores de congruência máxima. Foi obtida uma única árvore de fit = 383.9 e comprimento = 212. A classificação resultante, incluindo quatro novas superfamílias pode ser resumida assim: TRAVUNIOIDEA (ONCOPODOIDEA (PHALANGODOIDEA (ZALMOXOIDEA (EPEDANOIDEA (ASSAMIOIDEA, GONYLEPTOIDEA))))). Phalangodoidea inclui apenas PHALANGODIDAE. Zalmoxoidea inclui FISSIPHALLIIDAE (ZALMOXIDAE (SAMOIDAE (STYGNOMMATIDAE, BIANTIDAE))). Epedanoidea inclui PODOCTIDAE (EPEDANIDAE, STYGNOPSIDAE). Assamioidea inclui (ASSAMIIDAE, TRIONYXELLIDAE). Gonyleptoidea inclui AGORISTENIDAE (VIRACOCHIDAE (CRANAIDAE, MANAOSBIIDAE, TRICOMMATIDAE, STYGNIDAE (COSMETIDAE, GONYLEPTIDAE))). Phalangodidae, antes considerada uma família cosmopolita, tem sua distribuição restrita às regiões Laurásicas, enquanto seu grupo irmão, formado por quatro superfamílias, tem distribuição Gondwânica. A superfamília Afro-Oriental Assamioidea é grupo-irmão da Neotropical Gonyleptoidea.

6) Souza-Kury, L.A. & Kury, A.B., 1996. A família Titanidae na filogenia e biogeografia de Styloniscidae (Isopoda, Oniscidea). Resumos do XXI Congresso Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre: 48. Date of publ.:  February 1996.

Resumo. As definições atuais das famílias de Oniscidea, com poucas exceções, são pré-cladísticas, e muitas baseadas apenas em simplesiomorfias. Esse é o caso da família Styloniscidae, definida pelo grande desenvolvimento da musculatura protopodal do pleópode I e corpo não deprimido, cabeça e maxilípede normais. A família Titanidae é um grupo monofilético caracterizado pelo corpo deprimido, cabeça semi-circular e maxilípede oval, com palpo reduzido. É endêmica do Sul da África, onde é representada pelos gêneros de espécies termitariófilas Antidorcasia, Coatonia, Kogmania, Phylloniscus e Titana. A distribuição de Styloniscidae é Pantropical, incluindo também as regiões temperadas austrais. Titanidae + Styloniscidae formam um grupo monofilético, e uma análise filogenética desse grupo indica que Titanidae (de monofilia sustentada por várias autapomorfias) forma um clado com as espécies australianas e neotropicais austrais de Styloniscus. Os Titanidae seriam então Styloniscidae modificados, e o s outros Styloniscidae “não Titanidae”constituem um grupo parafilético. Dentro de Styloniscidae existem grupos tipicamente tropicais, ocorrendo no Brasil, Madagascar, Melanésia e Índia, e outro de distribuição circum-antártica, que inclui Titanidae.

7) Kury, A.B., 1996. Novo registro de Stygnommatidae para o Brasil (Arachnida, Opiliones).  Resumos do XXI Congresso Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre: 69. Date of publ.:  February 1996.

Resumo. A família Stygnommatidae proposta por Roewer como subfamília de Phalangodidae não foi universalmente aceita por todos os autores que trataram de Laniatores. Muitas vezes foi ignorada e finalmente reduzida a um só gênero, Stygnomma, incluído em Phalangodinae (Goodnight & Goodnight, 1951). Recentemente, a família foi revalidada e suas relações com Biantidae e Podoctidae demonstradas (Kury, 1993). Os membros de espécies de Stygnommatidae podem ser facilmente reconhecidos pelo grande desenvolvimento e forte armadura do trocânter queliceral, grande desenvolvimento da tíbia do pedipalpo, contorno do escudo dorsal em forma de ampulheta, falta de um cômoro ocular comum e presença de titiladores pares e lamelados. Com base no estudo de coleções do American Museum of Natural History, um único espécime, fêmea, proveniente do estado do Pará foi encontrado e determinado. Ele pertence a uma espécie ainda não descrita do gênero Stygnomma. O gênero ocorre também na Venezuela e Colômbia, mas é mais abundante em número de espécies na América Central e Antilhas, e sua distribuição estende-se também ao México e à Flórida.

8) Baptista, M.S. & Kury, A.B., 1996. Análise filogenética do gênero Cosmetus (Arachnida, Opiliones, Cosmetidae).  Resumos do XXI Congresso Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre: 69. Date of publ.:  February 1996.

Resumo. Uma metodologia sistemática inadequada levou vários autores a erigirem diversos gêneros (principalmente monotípicos) em Cosmetidae, com base em autapomorfias de espécies. Espécies de Cosmetus foram descritas em duas subfamílias diferentes, incluindo também uma proposta não formalizada (Avram & Soares, 1983) de uma nova subfamília para a espécie Orthogryne peruvica, baseada em uma autapomorfia. A diagnose do gênero Cosmetus é agora expandida, incluindo sinonímia dos 5 gêneros de Cosmetinae Belemnometus Mello-Leitão, 1940, Cosmetellus Roewer, 1927, Cosmetiplus Roewer, 1947, Procosmetus Mello-Leitão, 1942, Vervloetia Soares & Soares, 1946 e dos gêneros de Discosomaticinae Cosmetigryne Roewer, 1915 e Orthogryne Avram & Soares, 1983. As 16 espécies reconhecidas de Cosmetus mais uma não-descrita da Colômbia foram utilizadas como terminais da análise que teve como grupo-externo o gênero Flirtea. As espécies brasileiras foram incluídas em dois grupos monofiléticos (grupo C. varius e C. mesacanthus) bem separados na árvore, com exceção de duas (C. arietinus e C. biacutus) que ficaram em uma politomia incluindo espécies andinas e venezuelanas. A espécie colombiana não-descrita constitui juntamente com as espécies do grupo C. mesacanthus, todas brasileiras, um clado incluindo as espécies de escudo dorsal amarelo.

9) Kury, A.B. & M.J.Cavalcanti, 1996. Chave interativa para famílias de Laniatores do Brasil (Arachnida, Opiliones). Resumos do XXI Congresso Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre: 69. Date of publ.:  February 1996.

Resumo. Os limites e composição das famílias de opiliões da subordem Laniatores das regiões neotropicais têm variado amplamente ao longo das últimas décadas. Nos últimos anos conceitos tradicionais foram balançados, com a exclusão de Tricommatidae e Cranaidae de Phalangodidae e Gonyleptidae (Kury, 1992; 1994). As chaves disponíveis para determinação de famílias de Laniatores (Mello-Leitão, 1932; Šilhavý, 1973) estão desatualizadas e não correspondem à realidade, incluindo apenas três famílias de Laniatores para o Brasil. Apresentamos uma chave interativa para a identificação das dez famílias correntemente reconhecidas como membros da opiliofauna brasileira. A utilização do programa INTKEY do sistema DELTA (Dallwitz & Paine, 1986) para recuperação de informação taxonômica permite ao usuário acessar o conteúdo da chave a partir de qualquer caráter e na ordem que se desejar, indicando de novo tantas vezes quantas necessárias até a determinação ser confirmada. O INTKEY atualmente está disponível nas versões DOS e WINDOWS e permite também o armazenamento de ilustrações digitalizadas associadas às descrições dos caracteres para guiara o usuário ao longo da chave.

10) Vogt, M.G. & Kury, A.B., 1996. Filogenia de Gonyleptidae (Arachnida, Opiliones).  Resumos do XXI Congresso Brasileiro de Zoologia, Porto Alegre: 69. Date of publ.:  February 1996.

Resumo. Todas as subfamílias nominais de Gonyleptidae e também alguns gêneros críticos foram incluídos em uma análise de parcimônia computadorizada. Cosmetidae foi usada como grupo-externo. Tricomatidae foi incluída no grupo-interno, seguindo argumentação de Kury (1995) de que essa família representaria um ramo profundamente modificado de Gonyleptidae, apresentando reversões em alguns caracteres, o que impediu o reconhecimento dessa relação até hoje. Ao todo 25 terminais foram definidos, incluindo informação ainda não publicada sobre morfologia de gêneros pouco conhecidos. Os 60 caracteres utilizados foram obtidos a partir de morfologia genital e somática, incluido definições de estruturas até hoje não reconhecidas, como regiões da placa ventral peniana e armação do fêmur IV. O padrão que emergiu confirma a natureza de ramos precoces de subfamílias como Metasarcinae e Heteropachylinae (Kury, 1994) e a unidade cladística de Gonyleptinae + Hernandariinae + Caelopyginae + Sodreaninae + Progonyleptoidellinae. Esse último dado tem como grupo-irmão Goniosomatinae. Os gêneros que representam Pachylinae não constituem um grupo monofilético. Roeweria e Huralvioides, por exemplo, formam um clado com Tricommatidae, que deve ser incluída em Gonyleptidae.

11) Machado, G., Pinto-da-Rocha, R. & A.B. Kury, 1997. Opiliões de folhedo da Mata Atlântica do litoral norte de São Paulo. Papo de Aranha, 4: 6-7. Date of publ.: May 1997.

Resumo. Na camada de folhas que se acumula sobre o solo das florestas vive uma comunidade bem definida de aracnídeos onde os opiliões constituem porção significativa tanto em número de espécies quanto em biomassa. O objetivo foi determinar a composição de espécies de opiliões associada ao folhedo em uma localidade na encosta Atlântica do sudeste do Brasil e conhecer o padrão de distribuição espacial das espécies ao longo de um gradiente altitudinal As amostragens foram realizadas em Picinguaba (PI, 0-1000 m), no morro do Corcovado (CO, 0- 1000 m) e no morro da Fazenda Capricórnio (FC, 0-880 m), no município de Ubatuba SP (44°48'W; 23°22'S) e na sede do Parque Nacional da Bocaina (BO,1400 m), SP. Realizamos 96 parcelas de 64m2 distribuídas aleatoriamente dentro de faixas altitudinais de 0 (baixada) até 1000 m Em cada parcela realizamos uma varredura minuciosa do folhedo com um tridente manual. Todos os indivíduos encontrados foram coletados e fixados em álcool 70%. Coletamos 837 indivíduos pertencentes a 36 espécies das famílias Gonyleptidae, Tricommatidae e Gagrellidae. Seguem abaixo as espécies e suas respectivas distribuições altitudinais. Gonyleptidae, Caelopyginae: Exochobunus longipes (PI: 50 m); Pristocnemis pustulatus (CO/BO; 150-1400 m); Thereza sp.n (CO: 0 m); Pizaius fuscopunctatus (PI: 330-470 m). Gonyleptinae: Gonyleptes curticornis (PICO: 0-330 m); G. guttatus (CO: 30 m); Ilhaia cuspidata (PI/CO/FC: 0-1000 m); Neosadocus maximus (CO/FC/PI: 0-470 m); Pseudotrogulus mirim (PI 470m). Mitobatinae: Longiperna areolata (CO/PI: 860-880 m); L. cancellata (PI: 470 m); Neoancistrotus gracilis (PI: 0 m); Promitobates bellus (PI: 0-390 m). Pachylinae: Discocyrtus infelix (CO/FC/PI/BO: 0-1400 m); D. nigrolineatus (CO/FC/PI: 0-450 m); Guatubesia clarae (CO: 940 m); Hypophyllonomus maculipalpi (CO/FC/PI: 50-780m); Piresa armata (PI/FC: 0-1000 m); P. timida (CO/FC/PI: 0-780 m); Pseudogyndesoides latus (CO/FC: 60-370 m); P. sp. (BO/CO/PI: 0-1400 m); Ubatubesia oliverioi 0-60 m); U. rabeloi (PI: 390-620 m). Progonyleptoidellinae Gen.n. sp.n (PI: 220-620 m); Mitopernoides variabilis (CO/FC: 0-30 m). Sodreaninae: Stygnobates barbiellinii (CO/FC/PI: 0-470 m). Tricommatidae: Camarana flavipalpi (CO/FC/PI/BO: 0-1400 m); C. minor (PI: 50-430 m); Pseudopachylus eximius (PI: 0-980 m); Rezendesius lanei (BO: 1400 m). Gagrellidae: Holcobunus sp. 1 (CO/FC/PI: 0-830 m); H. sp. 2 (PI/CO/FC: 0-780 m); H. sp. 3 (PI/CO: 210-390 m); Jussara obesa (PI/FC: 0-830 m); Tamboicus sp. 1 (CO: 990 m); T. sp. 2 (PI/CO: 710-780 m).

12) Kury, A.B., 1997. Os Stygnopsidae na filogenia de Gonyleptoidea, com comentários sobre a biogeografia da superfamília. Primero Encuentro de Aracnologos del Cono Sur, Montevideo. Abstracts: 30. Date of publ.:  1st December 1997.

Resumo. Os Gonyleptoidea no sentido de Kury incluem apenas Assamiidae, Trionyxellidae, Stygnopsidae, Agoristenidae, Cranaidae, Stygnidae, Manaosbiidae, Cosmetidae e Gonyleptidae. De acordo com análise filogenética envolvendo as famílias de Laniatores, o conceito de Stygnopsidae é modificado. Essa família distribuída no sul dos EUA, México, Guatemala e Honduras até hoje englobava apenas três gêneros - Hoplobunus Banks, 1900, Stygnopsis Sørensen, 1902 e Troglostygnopsis Šilhavý, 1974. Propõe-se a transferência dos seguintes gêneros de Phalangodidae para Stygnopsidae: Karos Goodnight & Goodnight, 1944, Mexotroglinus Šilhavý, 1977, Paramitraceras Pickard-Cambridge, 1905, Sbordonia Šilhavý, 1977 e Tampiconus Roewer, 1949. Os Stygnopsidae seriam o grupo-irmão de Agoristenidae+, o clado que inclui todos os outros Gonyleptoidea, distribuídos principalmente da Costa Rica e Caribe até o sul da Argentina. Especula-se um padrão biogeográfico que corrobora uma quebra da área sul dos EUA + México + Guatemala + Honduras contra Costa Rica + Panamá + Caribe + América do Sul. A presença incongruente de alguns gêneros de Cosmetidae no México e nos EUA representa um ruído e pode ser explicada por dispersão.

13) Kury, A.B., 1998. Laniatores — 100 years of study of spiny harvestmen: overview of their research in the world in the XX Century. XIV International Arachnological Congress, Chicago. Abstracts: 22. Date of publ.:  27 June 1998.

Abstract. The research activity on Laniatores in the XX century is divided in four periods. The Old Age (1911-1949) is dominated by C.F. Roewer with strong participation of C.F. Mello-Leitão and the Goodnights. In this period occurred the recognition of the traditional families and subfamilies, and extensive descriptions of new genera and species. The drawbacks include a multiplication of monotypic genera and subfamilies and disdain about relationships and accurate rendering of localities. The Middle Ages (1950-1965 ) showed a drop of output (featuring Lawrence, Ringuelet), bringing, however, important basal reformulation on the higher systematics of the Laniatores, with proposals of suprafamilial taxa (Kratochvil, Silhavy). The Early Renaissance (1966-1985) is marked by uniformity in the output of most authors, routine descriptions of male genitalia and the first attempts to do phylogenetic systematics (Martens). Communication among authors and joint authorship were relatively rare. As in the past periods, the reviewers rarely cared about collections in other countries - the most common subject is "Study of material collected by someone somewhere". The New Wave (1985-1998) is marked by a great exchange of information among authors, cladistics, catalogues, taxonomic rev iews including material from museums in diverse continents, including the old types and the presence of authors who started a career on other arachnids such as Maury, Schwendinger, Cokendolpher and González-Sponga.

14) Pinto-da-Rocha, R. & Kury, A.B., 1999. Cladistic analysis and diversity of the family Gonyleptidae (Arachnida: Opiliones). Proc. 23rd Annual Arachnological Society. Occasional Papers of Dept. Life Sciences, University of the West Indies. pp: 10.

Abstract.  The neotropical harvestmen family Gonyleptidae Sundevall,1833 is composed of 15 subfamilies, 279 genera and 848 species. It is recorded in Costa Rica and all South American countries. Despite this broad range, the diversity of the family is strongly concentrated in the Atlantic Rain Forest of southern and southeastern Brazil. Ten of the subfamilies and more than two-thirds of the species are endemic to this area. One other subfamily is endemic to northeastern Brazil, while the remaining subfamilies are found almost throughout South America. A cladistic analysis of the Gonyleptidae was undertaken with the program Hennig86, using the mh* and bb* algorithms for 74 characters in 35 taxa (4% of known species) representative of all subfamilies. The preliminary results indicate that: 1) the described subfamilies are all valid but need re-characterization, 2) Metasarcinae should be raised to family level (related to Cosmetidae and Stygnidae), 3) Ampycus and Nanophareus should be raised to subfamily level, 4) Pachylinae is a polyphyletic group that should be divided in several subfamilies, and 5) Tricommatidae should also be included in Gonyleptidae.

15) Kury, A.B., 1999. Nova Subfamília de Gonyleptidae do Chile (Opiliones, Laniatores). II Encontro de aracnólogos do Cone Sul, Porto Alegre, Resumos, pp: 17. Date of publ.: 6 December 1999.

Resumo. O gênero Nanophareus Roewer, 1929 foi originalmente incluído em Gonyleptidae Phareinae. A subfamília Phareinae foi depois (Mello-Leitão, 1935) incluída em Stygnidae. Dentro de projeto desenvolvido com sistemática de Laniatores Tropicais, baseado em estudos realizados sobre material do Chile, propõe-se aqui a hipótese de que Nanophareus faz parte de um grupo monofilético de Gonyleptidae que inclui algumas espécies chilenas ainda não descritas. É possível se distinguirem pelo menos 3 gêneros diferentes, e até agora não se descobriram representantes fora do Chile. Para esse grupo não existe nenhum nome disponível de grupo de família. Como exemplo da morfologia desse novo grupo, macho e fêmea de uma nova espécie de um novo gênero são descritos com base em material do AMNH da província de Coquimbo Essa espécie constitui-se no primeiro registro para a suborder Laniatores dessa província. A nova subfamília caracteriza-se pela genitália masculina relativamente avançada, ou seja, já sem processo dorsal e já com processo ventral na glande, ao lado de caracteres partuiculares como processo ventral fortemente recurvo, stylus sem dilatação apical, placa ventral subretangular, alargada basalmente, apófise poderosa geminada na tíbia do pedipalpo, cômoro ocular de estrutura variável quanto à forma e convexidade. Sua posição filogenética é ainda incerta. A morfologia genital fornece evidência para propor a hipótese de que não seja um dos ramos precoces descritos por Kury (1994). A armação dos trocânteres IV do macho sugere relação com os Pachylinae chilenos, enquanto a forma do cômoro ocular e a depressão do corpo lembram representantes de Bourguyiinae, subfamília exclusiva do Brasil.

16) Kury, A.B., 2001. Phylogeny of the Cranaidae and nomenclature of its subdivisions (Opiliones, Laniatores, Gonyleptoidea). 15th International Arachnological Congress, Badplaas. Abstracts: 103.

Abstract. The phylogeny of the family Cranaidae is investigated. The Gonyleptoidea sensu Kury include 3 major families Gonyleptidae (830 species), Cosmetidae (710 species) and Assamiidae (435 species). The fourth most diverse family is the Cranaidae (150 species), endemic of the Andean-Amazonian part of the neotropics. This family, recently established as such is a monophyletic group (on a weak basis of loss of interlocking coxal denticles) is currently divided in four Roewerian subfamilies which were all until recently part of the Gonyleptidae. There is synapomorphic evidence – sexual dimorphism of the prosomal part of the dorsal scute – that Cranaidae is the sister group of the Stygnidae. The phylogeny of the cranaids, as obtained in a preliminary numeric cladistics survey, is remarkably asymmetric. Two of the four subfamilies, namely Stygnicranainae and Heterocranainae are surely monophyletic although they represent highly specialized and poorly diverse groups. The Prostygninae are the paraphyletic sister group of the other cranaids. This name should be strictly applied only to the basalmost clade (defined by striking modifications of legs III and IV) containing only three species and the two nominal genera Prostygnus Roewer and Cutervolus Roewer, which show many primitive features conserved also in basal lineages of Cosmetidae and Stygnidae. The Cranainae is a polyphyletic group including most members of the family. The most conspicuous characters present in typical cranaids are the pair of winglets in the stylus of penis, the absence of any process of the glans, the astragalus of leg I spindle-like swollen in males, the pedipalpal femur dorsally keeled and serrate, and the femur IV long and straight with a few apical spurs. It is widely known that the supraspecific groups created by Roewer are meaningless. Given the proposed phylogenetic scheme, if every clade along the main line in the family deserves the status of subfamily, then a large number of very small subfamilies would have to be created. An alternative nomenclatural approach would be to ignore the traditional subfamilies and the treat the clades as genera.  

17) Kury, A.B., 2002. Diversidade de Palpatores e Laniatores na América do Sul (Arachnida, Opiliones). 3er Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, Córdoba. Programa y Resúmenes: 24.

Resumo. Gagrellinae está atualmente dentro de Sclerosomatidae, e apesar de estimativas modestas para a diversidade do grupo (300 espécies, Shear 1982), um levantamento feito em 2001 conta 26 gêneros e 256 espécies neotropicais e 90 gêneros e 709 espécies orientais. É portanto a maior família de Opiliones, mesmo sem levar em conta as outras subfamílias. Recentes pesquisas sobre os gêneros de Gagrellinae da Mata Atlântica brasileira mostraram a altíssima porcentagem de espécies não-descritas - mesmo com sinonímias propostas, de 34 espécies existentes, 7 delas sinonimizadas e mais 16 novas, ficamos com 43 espécies. Ou seja, 40% não-descritas. Extrapolando-se isso para o neotrópico como um todo poderemos ter algo em torno de 350 espécies, das quais 250 na América do Sul. A diversidade de Laniatores já descrita na América do Sul está muito aquém do que se estima. Faltam inventários sistemáticos para quase todos os países. Pela análise do esforço de coleta e descrição e conhecimento das coleções dos museus pode-se estimar a ordem de grandeza da opiliofauna sul-americana. A maioria dos nossos países teve um ritmo aleatório de descrição de sua fauna, geralmente em volta dos grandes centros urbanos. Até a década de 1920, a diversidade era pobremente conhecida. Com o grande esforço descritivo de Roewer em nível mundial, alguma amostragem pôde ser feita nesses países. Somente o esforço de autores nativos de grande produção pôde compensar isso. P. ex. M-L no Brasil e González-Sponga na Venezuela. A fauna do Brasil é riquíssima (856 espécies), e contou além dos autores do, século XIX, e Roewer (26% das spp descritas), com três autores autóctones de grande impacto, Mello-Leitão (32 %) e o casal Soares (24 %). A Mata Atlântica possui pelo menos 30% de espécies novas e há regiões que são vazios no centro do país com poucas ou nenhuma espécie descrita. O Brasil deve ter pelo menos 1300 espécies de Laniatores, ou seja pelo menos 450 espécies novas (35%). A Venezuela tem 325 espécies de Laniatores, das quais 221 (69%) foram descritas por González-Sponga e 11 % por Roewer. Estima-se que a Venezuela possa ter no mínimo 100 a 200 espécies novas (35 % do total). A Colômbia possui 151 spp registradas, mas a fração de espécies não descritas é de pelo menos 60%. O Equador também possui uma imensa diversidade não-registrada. 157 spp para um país muito menor que a Colômbia: 50% de espécies não-descritas seria uma boa estimativa. Assim a Colômbia deve ter 400 espécies e o Equador 300. A fauna da Bolívia é uma das mais mal conhecidas, uma estimativa de 100 espécies não é demasiada, ou seja mais de 70% ainda está por descrever.

18) Pérez, A. & Kury, A.B., 2002. Un nuevo y singular Gonileptido troglomorfo de Brasil (Arachnida, Opiliones). 3er Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, Córdoba. Programa y Resúmenes: 47.

Resúmen. Se describe un nuevo género para incluir a un nuevo goniléptido troglobio de las cavernas de la Sierra de Ramalho, Carinhanha, Bahia, Brasil. La especie muestra una gran adaptación a la vida cavernícola, exhibiendo notables troglomorfismos (despigmentación, apéndices, muy elongados, alta segmentación tarsal y pérdida completa de los ojos). La presencia, en el pene, de una placa ventral corta y rectangular, en el mismo plano del tronco, con una hendidura parabólica y dos grupos desiguales de setas, dos ozoporos y una apófisis trífida dorso-apical en la coxa IV, soportan su inclusión en Gonyleptidae. La posición subfamiliar es problemática. Los tergitos libres no fusionados descartan a Heteropachylinae y la no invasión del área II en la I elimina a Goniosomatinae. La ausencia de un estilo grueso y espinoso segrega a Gonyassamiinae. Tricommatinae posee una "lámina parva" ausente en el nuevo taxon. La ausencia de un par de sacos espinosos y finas espinas en la placa ventral descarta a Metasarcinae, de igual forma, la ausencia de setas helicoidales en el grupo distal de la placa ventral elimina la posibilidad de pertenecer a Gonyleptinae, Hernandariinae, Progonyleptoidellinae, Sodreaninae y Caelopyginae. La ausencia de un proceso ventral en el glande lo separa de Mitobatinae, Bourguyiinae y Pachylospeleinae. Pachylinae es la mayor subfamilia de Gonyleptidae la cual incluye la mitad de las especies válidas de la familia (400 de 821), sin embargo, no es un grupo natural. En concordancia con el nuevo taxon, muchos "Pachylinae" poseen un estilo sin procesos y una placa ventral subrectangular. Teniendo en cuenta este panorama, decidimos ubicar al nuevo taxon en Pachylinae, aunque signifique casi lo mismo que ponerlo en "Gonyleptidae incertae sedis". Este es el primer opilión cavernícola anoftalmo de Brasil y el primer Gonyleptidae sin ojos. La nueva especie es comparada con Iandumoema uai Pinto-da-Rocha, y Pachylospeleus strinatii Silhavý, separandose de ambos por la ausencia de proceso ventral en el glande, la forma del cuerpo, anoftalmia, apófisis trífida de la coxa IV, ausencia de proceso tarsal y la fórmula tarsal.

19) Kury, A.B., 2002. Intercontinental relationships among Southern Gondwanian Triaenonychidae (Opiliones, Laniatores, Insidiatores). 7th African Arachnological Colloquium: unnumbered page.

Abstract. The monophyly of the Triaenonychidae is not yet established. This family is distributed in the temperate realms of the Northern and Southern Hemispheres. The relationships of USA-Japan genera are unclear. Traditional classification based on tarsal claws and the sternal sclerite is unsatisfactory due to the high plasticity of these characters. A preliminary phylogenetic reconstruction of the relationships among Southern hemisphere Triaenonychidae is here presented, by parsimony analysis of genital and somatic morphologic evidence. The subfamilies and tribes recognized since Forster render the nominal subfamily/tribe Triaenonychinae non-monophyletic. The simplistic geographic-phylogenetic isomorphy is dismissed. A monophyletic Triaenobuninae is recovered, including taxa from New Zealand, Australia, Madagascar and America. The South American genus Brasiloctis (currently in the Triaenonychinae) should be transferred to this subfamily and is related to the New Zealand genus Cenefia. A new Brasiloctis from Chile is characterized. Also Soerensenellinae and Adaeinae are recovered as monophyletic groups. The stricto sensu (monophyletic) Triaenonychinae includes the new suprageneric Acumontia-group from Madagascar and many South African genera. Triaenonychinae also comprises the genus Ceratomontia which is shared between South Africa and South America. Genitalic features of the name-bearer Triaenonyx from Chile are described for the first time.

20) Kury, A.B. & Baptista, R., 2003. História da Aracnologia na América do Sul. IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 36-38. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. Os aracnídeos não parecem ter desempenhado papel proeminente no imaginário dos povos sul-americanos, ao contrário da Europa, Ásia, África e mesmo América do Norte. Os escorpiões, em particular, foram aqui praticamente ignorados, enquanto no Oriente Próximo e no Norte da África tiveram uma imensa projeção, sendo usados como modelos para pictogramas, constelações e até divindades e demônios. Aqui, as aranhas foram representadas em cerâmica e pinturas rupestres, além das rendas “nhanduti” dos Guarani. A partir do final do século XV, a Europa (principalmente ibérica) começou a saquear e devastar a América do Sul, impondo uma cristianização que abafou as crenças e conhecimentos aracnológicos nativos. Poucas referências acerca do conhecimento dos índios sobre aracnídeos existem em escritos de naturalistas, como a citação do mote tupi “junduí”, referente à aranha “mata-árvore” (provavelmente Theridiidae: Anelosimus Simon). No final do século XVIII, os europeus (organizados por Linnaeus) começaram a dedicar-se sistematicamente ao mapeamento da biodiversidade do nosso planeta, desenvolvendo, ao longo de décadas, um sistema centralizado de nomenclatura, sinonímias e prioridades. A partir da primeira metade do século XIX, sistematas europeus, como Perty, C. L. Koch e Gervais começaram a descrever a fauna sulamericana, incluindo resultados de viajantes, p. ex. Spix, Martius e Langsdorff. Nessa época, todo o material ia para museus europeus. O Museu Nacional brasileiro foi fundado em 1818 e representou um grande avanço para a zoologia do continente, embora não tivesse pesquisa em aracnologia até o século seguinte. O primeiro aracnólogo sul-americano conhecido foi o argentino Eduardo Holmberg (ativo nos 1870s e 1880s). Por volta dos 1890s, o estudo da fauna sul-americana apresentava grande vitalidade, com os trabalhos dos europeus Simon, Keyserling e Taczanowski. O brasileiro Cândido de Mello-Leitão (ativo principalmente entre 1920s e 1940s) foi o maior expoente da aracnologia do continente, tendo publicado centenas de trabalhos, totalizando mais de 6000 páginas. Outros autores de expressão que começaram nos anos 1940s foram Salvador Piza Jr e o casal Benedicto e Helia Soares, trabalhando no Brasil, os argentinos José Abalos, Bertha Gerschman & Rita Schiapelli e José Canals. Após a II Guerra Mundial, autores dos EUA, que já faziam intenso trabalho descritivo na América do Norte (incluindo estudos no México e Caribe), ampliaram seu interesse pela América do Sul. O casal Clarence & Marie Louise Goodnight publicou diversos trabalhos em Opiliones. Aracnólogos americanos ativos na América do Sul incluem nomes famosos como Herbert Levi e Norman Platnick em aranhas. A presença européia persistiu com o alemão Carl- Friedrich Roewer (falecido em 1963), que por sua imensa produtividade em Solifugae e Opiliones estabeleceu o padrão taxonômico durante décadas. O sistema artificial de classificação desenvolvido por Roewer para Opiliones teve enorme popularidade (encontrando seguidores até hoje), mas levou ao estabelecimento de numerosos grupos não-monofiléticos. Apesar da crônica falta de recursos, autores sul-americanos começaram a realizar pesquisas de uma forma sistemática. O uruguaio Roberto Capocasale criou opiliões em laboratório nos idos de 1960s e 1970s, conseguindo entender algo de sua biologia. Capocasale descobriu que certos opiliões mudariam de gênero ao se tornarem adultos, se o sistema de Roewer fosse seguido cegamente. Na mesma época, na Argentina, destacavam-se Pablo San Martín (Scorpiones), Emilio Maury (Opiliones, Solifugae e Scorpiones) e Maria Elena Galiano (Araneae, especialmente Salticidae). Também nesse período houve uma colonização invertida, com autores sul-americanos radicando-se na Europa, ex. o brasileiro Wilson Lourenço e o chileno Arturo Muñoz-Cuevas. A aracnologia no nosso continente passou por um período morno nos anos 1970s, mas assistiu a uma retomada na década seguinte, com a formação de uma nova geração (orientada por aracnólogos como Capocasale, Arno Lise e Galiano ou por entomólogos com Nelson Papavero e Sérgio Vanin), que progressivamente teve acesso nos 1990s a posições em instituições de pesquisa. A aproximação dos aracnólogos sul-americanos com seus colegas norte-americanos foi a tendência das últimas décadas, com vários alunos formados nos EUA, em vez de na Europa. A partir de 1997, numa tentativa de unir os pesquisadores locais, um grupo de aracnólogos uruguaios como Miguel Simó, Fernando Costa e Carmen Vieira deu início ao Encontro de Aracnólogos do Cone Sul, realizado em dezembro do mesmo ano em Montevideo. O segundo Encontro (Porto Alegre, 1999) foi organizado por Arno Lise e o terceiro por Luiz Eduardo Acosta (Córdoba, 2002). Os EACS vêm progressivamente atraindo mais e mais jovens aracnólogos, com o constante apoio de nomes fortes no cenário mundial, como o americano Jonathan Coddington. A partir da revitalização da aracnologia nos anos 1980s, numerosas expedições aracnológicas específicas vêm sendo realizadas, levando a uma ampliação significativa das coleções. Vários núcleos de pesquisa estão consolidados no continente, especialmente no Brasil e Argentina, e os aracnólogos sulamericanos estão cada vez mais presentes nos congressos internacionais.

21) Almeida, D.F. & Kury, A.B., 2003. Taxonomia e distribuição do gênero Neoancistrotus, Mello-Leitão, 1927 (Opiliones, Gonyleptidae, Mitobatinae). IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 118. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. Neoancistrotus Mello-Leitão, 1927 inclui atualmente 12 espécies nominais, e está alocado em Mitobatinae, subfamília composta por 11 gêneros e 45 espécies. Este gênero é caracterizado pelo tamanho do fêmur IV três vezes mais longo que o comprimento do escudo dorsal no macho, 1.5 vezes na fêmea, ancas IV do macho com apófise apical externa robusta e bifurcada, contorno do escudo dorsal piriforme, abdome da fêmea, fortemente convexo, com espinhos na área III muito robustos, pedipalpos de estrutura robusta e compacta. As espécies desse gênero distribuem-se ao longo dos remanescentes do domínio da Mata Atlântica do Paraná até o Rio de Janeiro, onde ocorre a maior concentração de registros. A Serra da Mantiqueira parece ser uma barreira para o gênero, sendo a única ocorrência para o seu lado interior a espécie Neoancistrotus bristowei (Mello-Leitão, 1924) em Diamantina, MG, coletada por Bristowe, em um registro duvidoso e possivelmente idêntica a uma espécie da região metropolitana do Rio de Janeiro. A distribuição e a identidade das espécies de Neoancistrotus ainda necessitam revisão. Expedições de coleta no Estado do Rio de Janeiro realizadas nos últimos anos pela equipe do laboratório de Aracnologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro, trouxeram vasto material incluindo quatro espécies consideradas inéditas, o que vai permitir um entendimento maior da estrutura do gênero e distribuição das espécies.

22) Vasconcelos, E.G. & Kury, A.B., 2003. Revisão taxonômica de Mischonyx Bertkau, 1880 (Laniatores: Gonyleptidae). IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 119. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. As onze espécies do gênero Mischonyx Bertkau, 1880 ocorrem nas regiões sul e sudeste do Brasil, principalmente dentro do Domínio da Mata Atlântica. Uma revisão da diagnose do gênero e de suas espécies é feita. Foram examinados 547 exemplares provenientes de diversas instituições. O gênero Mischonyx é diagnosticado com base em caracteres genitais masculinos e da armação do escudo dorsal e do fêmur IV dos machos. Segundo a nova diagnose proposta, Mischonyx antiquus (Mello-Leitão, 1934) deve ser excluída do gênero enquanto Geraecormobius bresslaui (Roewer, 1927) e Geraecormobius convexus (Mello-Leitão, 1931) devem ser transferidas para Mischonyx. Mischonyx meridionalis (Mello-Leitão, 1927), conhecida apenas de uma fêmea, deve ser removida de Mischonyx e considerada um sinônimo júnior de Geraecormobius clavifemur (Mello-Leitão, 1927), que aparentemente deve permanecer em Geraecormobius Holmberg, 1887. Mischonyx sulinus (Soares & Soares, 1946) deve ser incluída na sinonímia de Mischonyx anomalus (Mello-Leitão, 1936). Foram constatadas duas espécies não descritas que na enquadram na diagnose revisada de Mischonyx, cada uma conhecida apenas de uma localidade de coleta, Barra de São João, no estado do Rio de Janeiro e Ilha do Monte de Trigo, no Litoral Norte de São Paulo. Novos registros geográficos foram feitos para várias espécies. A distribuição mais ampla constatada é a de Mischonyx squalidus Bertkau, 1880, que ocorre desde Brasília, Distrito Federal até o município de Viamão no estado do Rio Grande do Sul. Após serem publicadas as modificações aqui sugeridas o gênero Mischonyx deverá incluir 12 espécies válidas.

23) Kury, A.B. & Machado, G., 2003. Transporte de ovos pelos machos: uma sinapomorfia comportamental para os opiliões da família Podoctidae (Opiliones, Laniatores). IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 125. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. Há 10 anos um comportamento de cuidado paternal foi descrito para uma espécie de Podoctidae das Filipinas, cujos machos carregavam ovos fecundados aderidos aos fêmures das pernas IV. A espécie foi descrita no novo gênero Leytpodoctis Martens. Pesquisas em várias coleções de Laniatores da Australásia e sudeste asiático revelaram mais espécimes de Leytpodoctis oviger Martens, 1993 e também representantes de uma espécie desconhecida da Melanésia, cujos machos também transportam ovos nas pernas. O número de ovos aderidos aos fêmures dos machos nessa nova espécie varia de 7 a 17 e, diferentemente de L. oviger, os ovos estão distribuídos nas pernas II, III e IV. Na ausência de uma hipótese filogenética para os Podoctidae, foi realizado um estudo sobre a sua sistemática baseado em informações recuperadas da literatura corrente e no exame de alguns exemplares das três subfamílias. O estado de conhecimento sistemático da família está muito deficiente, já que mais de 90% dos gêneros e todas as subfamílias foram estabelecidos por Roewer, notório por escolher caracteres triviais e sem sentido para basear sua grade sistemática. Surpreendentemente, a quantidade de caracteres que pôde ser obtida da literatura é alta, embora esses caracteres nunca tenham sido utilizados anteriormente. Um entrave ao entendimento da morfologia do grupo é o não-reconhecimento das formas de dimorfismo sexual. Na hipótese preliminar de filogenia obtida, a espécie da Melanésia ficou posicionada próximo à base do cladograma, a muitos nós de distância de Leytpodoctis. Este resultado dá suporte à hipótese de que o comportamento de transporte de ovos pelo macho em Podoctidae tenha surgido basalmente e que esteja amplamente distribuído na família.

24) Rodríguez T., C. A. & Kury, A.B., 2003. Estado del conocimiento de los Opiliones de Colombia. IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 117. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. Colombia es uno de los países con mayor diversidad biológica del planeta, ocupando el primer lugar en diversidad de aves y anfibios y el segundo en peces de agua dulce y plantas superiores. Sin embargo, el conocimiento de su fauna de Opiliones apenas inicia. Se han descrito 170 especies de Colombia. En contraste, Venezuela, de tamaño semejante tiene 400 especies debido a un mayor esfuerzo de muestreo. El 80% de las especies de Opiliones de Colombia fueron publicadas en la primera mitad del siglo XX, principalmente por Roewer. Una cuarta parte de esas descripciones sólo tienen como referencia el nombre del país y la mayoría con ilustraciones deficientes. No han existido expertos aracnólogos que se hayan ocupado de los opiliones colombianos, pero encontramos al menos tres colecciones con un acervo importante de especímenes: el Instituto de Ciencias Naturales en Bogotá, el Instituto de Investigaciones Científicas del Valle del Cauca en Cali y el Museo de Artrópodos de la Universidad del Quindío en Armenia. En un proyecto de colaboración interinstitucional Museo de Artrópodos- Universidad del Quindío/Museu Nacional-UFRJ, se lleva a cabo la determinación del material de estas instituciones, la colecta de ejemplares y la revisión de Leiosteninae. La mayoría de los ejemplares analizados son especies nuevas, lo cual es de esperarse en un país que contiene uno de los conjuntos de ecosistemas mayores y más diversos sobre la tierra, gracias a la gran complejidad de suelos y de topografía y a un vasto sistema fluvial que crea un mosaico de hábitats y complejas historias biogeográficas, con altos niveles de endemismos locales y regionales. Por lo tanto, la cantidad de especies de Opiliones de Colombia sería muy superior al número actual de especies conocidas.

25) Kury, A.B. & Pérez G., A., 2003. Estranhos e desconhecidos Laniatores do Brasil — a família Escadabiidae e suas relações filogenéticas (Opiliones). IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 120. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. A família Escadabiidae foi criada recentemente para abrigar os seguintes gêneros de Laniatores do litoral nordeste do Brasil (estados da Bahia e Pernambuco) que estavam até agora alocados em Phalangodidae: Baculigerus H. Soares, 1979, Escadabius Roewer, 1949, Jim H. Soares, 1979 e Recifesius H. Soares, 1978. A exomorfologia das espécies é fortemente reminiscente da família Minuididae, da Venezuela e Caribe, embora a morfologia genital seja única, envolvendo grande hipertrofia do colar paraestilar. Escadabiidae provavelmente pertence ao grupo de famílias próximas a Biantidae, que sofreram uma forte radiação no neotrópico. A distribuição de Escadabiidae agora é ampliada com a sugestão de inclusão do gênero Spaeleoleptes [sic] H. Soares, 1966, com uma espécie troglomórfica da Gruta de Maquiné (estado de Minas Gerais) e descrito originalmente em Phalangodidae Minuinae (hoje família Minuididae). Uma espécie troglomórfica inédita de Spaeleoleptes foi descoberta recentemente em uma expedição do Laboratório de Aracnologia do Museu Nacional a cavernas do interior da Bahia. Uma outra espécie inédita do gênero Baculigerus foi descoberta no litoral do estado do Ceará pelos filhos do primeiro autor, sendo muito mais abundantes no inverno (junho) do que no verão (janeiro). Exemplares dessa espécie foram enviados a outros laboratórios, tanto vivos, para serem estudados quanto a aspectos biológicos, quanto fixados em álcool absoluto para pesquisas de filogenia usando técnicas moleculares.

26) Tourinho-Davis, A.L. & Kury, A.B., 2003. Munequita Mello-Leitão, 1941, a bonequinha da subfamília Gagrellinae (Opiliones, Eupnoi). IV Encontro de aracnólogos do Cone Sul, São Pedro, Resumos, pp: 124. Date of publ.: 7 Dec 2003.

Resumo. O gênero Munequita Mello-Leitão, 1941 (do espanhol muñequita = “bonequinha”) inclui até o momento uma única espécie nominal, Munequita pulchra Mello-Leitão, 1941, endêmica do sudeste brasileiro, mais precisamente do estado de São Paulo. Estudos cuidadosos sobre os gagrelíneos do Novo Mundo revelaram que, na verdade, o gênero deve passar a conter em torno de 14 espécies exclusivas da América do Sul tropical e subtropical, passando a ser assim o segundo maior gênero de gagrelíneos dessa região. Espécies atribuídas aos gêneros Garleppa, Holcobunus e Prionostemma serão transferidas para Munequita, duas espécies inéditas serão incluídas e duas sinonímias específicas serão realizadas. Munequita é o único gênero de Gagrellinae estudado até o momento facilmente identificável através da morfologia externa, uma vez que suas espécies compartilham um conjunto de caracteres externos e genitais exclusivos, como: forma do escudo dorsal, fêmur do pedipalpo, espinhos laterais do trocânter das pernas, forma da aleta do pênis, sessão transversal da glande e ângulo tronco-glande. O grupo pode ser caracterizado também pela delicadeza de suas espécies (sendo o nome “bonequinha” apropriado), sempre menores do que a maior parte das espécies de outros gêneros, e com arranjos de cores e desenhos muito bonitos.

27) Pedroso D.R., R.L. C. Baptista & A.B. Kury, 2004. Notes on Trechona C. L. Koch, 1850 (Araneae: Dipluridae), its composition, distribution and a re-evaluation of taxonomic characters. ISA, Gent.

28) Mendes, A.C. , Kury, A.B. & Tourinho, A.L., 2005. Análise cladística de Heteropachylinae (Laniatores, Gonyleptidae). In: Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología y V Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, 2005, Minas. Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología, 2005. p. 245.

29) Mendes, A.C. , Kury, A.B. & Tourinho, A.L., 2005. Redefinição e chave de identificação dos gêneros e espécies de Heteropachylinae, com notas sobre o polimorfismo dos machos (Laniatores, Gonyleptidae). In: Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología y V Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, 2005, Minas. Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología, 2005. p. 244.

30) Kury, A.B., Ferreira, C.P.& Sampaio, C.C., 2005. Levantamento de caracteres morfológicos em Cosmetidae (Opiliones). In: Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología y V Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, 2005, Minas. Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología, 2005. p. 260.

31) Pérez G., A. & A.B. Kury, 2005. Con escópula o sin escópula...that is not the question! Redefinición de Samoidae Sørensen, 1886 (Opiliones, Laniatores). In: Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología y V Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, 2005, Minas. Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología, 2005. p. 271.

32) Tourinho, A.M., Venticinque, E.M., Kury, A.B., Rego, F.N.A.A. & Pérez G., A., 2005. Aranhas (Araneae) e Opiliões (Opiliones) das florestas alagadas (Várzea) dos Rios Solimões e Amazonas, Amazônia, Brasil. Parte II: Opiliones. In: Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología y V Encuentro de Aracnólogos del Cono Sur, 2005, Minas. Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Aracnología, 2005. p. 95.

33) Pedroso, D.R., Baptista, R.L.C. , Kury, A.B. , Giupponi, A.P.L. & Costa, C.S., 2006. Levantamento Preliminar da Aracnofauna da Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, ES. In: XXVI Congresso Brasileiro de Zoologia, Londrina. 12-17 de fevereiro de 2006. N° 1330.

Resumo. A Reserva Biológica de Santa Lúcia teve sua origem em 1939, graças à dedicação de Augusto Ruschi. Ela possui área total de aproximadamente 440 ha e está localizada no município de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil. Com o objetivo de realizar um inventário da diversidade de aracnídeos da Estação Biológica, foram realizadas duas expedições do laboratório de Aracnologia do Museu Nacional-UFRJ nos meses de outubro de 2003 e junho de 2004, com duração de cinco dias cada uma. As coletas foram feitas utilizando: armadilhas de queda (“pit-fall traps”) distribuídas em quatro pontos diferentes; batida de vegetação, coleta visual e críptica, em vários tipos de ambientes e em dois períodos (dia e noite). Baseado no material coletado e depositado na coleção do MNRJ e em citações de literatura, foram registradas 2 espécies de Amblypygi inéditas; 189 espécies de aranhas distribuídas em 36 famílias, com 15 espécies inéditas; 15 espécies de opiliões alocadas em três famílias; e 3 espécies de escorpiões em duas famílias. Estes dados referem-se somente ao material coletado nestas expedições, não incluindo dados da literatura. Este número possivelmente representa somente uma fração do total de espécies existente, devido ao pequeno período de amostragem e ao clima extremamente frio no mês de outubro e muito seco no mês de junho. Por este motivo, estão programadas futuras coletas para obter uma estimativa mais precisa e completa da aracnofauna na Estação Biológica de Santa Lúcia e em outros pontos de Santa Teresa.

34) Kury, AB, 2007. Discovering the arachnids in South America. In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 34.


35) Ferreira, C.P.; A.L. Tourinho & A.B. Kury, 2007. Review of Sibambea and Discosomaticus (Laniatores, Cosmetidae, Discosomaticinae). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 80.

36) Giribet, G.; L. Vogt; A. Pérez González & A.B. Kury, 2007. A broad look into the phylogeny of the arachnid order Opiliones: evidence from a multigene approach from nearly all opilionid families. In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 82.

37) Mendes, A.C. & A.B. Kury. 2007. Cross-Continent Triaenonychidae, the case of Ceratomontia Roewer, 1915 (Opiliones, Insidiatores). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 99.

38) Orrico, V.G.D. & A.B. Kury, 2007. A cladistic analysis of the Stygnicranainae Roewer: preliminary results (Opiliones: Cranaidae). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 102.


39) Orrico, V.G.D. & A.B. Kury, 2007. On the status of Graphinotus therezopolis (Opiliones: Gonyleptidae). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 103.

40) Tourinho, A.L.; E.M. Venticinque; A.B. Kury & A. Pérez Gonzalez, 2007. Diversity and distribution of Amazonian Opiliones: state of knowledge and perspective. In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 118.

41) Vasconcelos, E.; A.B. Kury & R. Pinto-Da-Rocha, 2007. Phylogenetic relationships in Gonyleptinae Sundevall, 1833 (Opiliones: Gonyleptidae). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 122.

42) Villarreal Manzanilla, O. & A.B. Kury, 2007. Generic boundaries in Venezuelan Leiosteninae (Opiliones: Agoristenidae). In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 123.

43) Bernabé, T.N.; A.L. Tourinho & A.B. Kury, 2007. Harvestmen (Opiliones) of the Espírito Santo state – Brazil. In: Santos, A.J. et al. (eds.) 17th International Congress of Arachnology, 5-10 August 2007, São Pedro, São Paulo, Brazil. Abstracts p. 150.


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